Renda fixa supera criptomoedas em engajamento nas redes pela primeira vez

Renda fixa hoje

Pela primeira vez, a renda fixa ultrapassou as criptomoedas em engajamento nas redes sociais, segundo o levantamento FinFluence 8, realizado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O dado revela uma mudança relevante no perfil do investidor brasileiro, que tem priorizado a busca por previsibilidade e segurança, mesmo em ambientes digitais, tradicionalmente dominados por ativos de maior risco como as criptos.

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Prova disso, é que, no segundo semestre de 2024, os produtos de renda fixa alcançaram uma média de 10,1 mil interações por post. Foi o maior índice entre os dez produtos analisados. Já as criptomoedas, mesmo com um aumento de 28,8% no engajamento médio em relação ao semestre anterior, ficaram em último lugar no ranking, com 3,2 mil interações por publicação.

O crescimento das menções à renda fixa foi de 117,9% no segundo semestre de 2024, impulsionado por produtos como CDBs, LCIs, LCAs e títulos do Tesouro Direto. As menções somaram quase 19 mil no período. Enquanto isso, as criptomoedas registraram 59 mil menções, alta de 68,2%, mas com menor repercussão por post.

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Dados do FinFluence 8 – *Inclui produtos como CDB, LCA, LCI e notas do Tesouro Direto.** Casas de apostas não são produtos financeiros, mas acabaram entrando nessa categoria de forma excepcional, para facilitar a análise dos conteúdos que os influenciadores publicam sobre esse tema.

Segundo Amanda Brum, diretora de Marketing (CMO) da Anbima, esse movimento nas redes sociais é influenciado tanto pelo contexto econômico quanto pela capacidade dos influenciadores de captar o que está quente” entre as discussões financeiras.

“No segundo semestre, a discussão macroeconômica estava muito aquecida em função do patamar alto da Selic. É natural que se falasse mais sobre renda fixa.”

— Amanda Brum, CMO da Anbima

Brum destaca ainda que os influenciadores financeiros tendem a acompanhar a agenda econômica. Para isso, escrevem, postam e gravam conteúdos sobre temas que estão em destaque no momento. “Em outras edições do FinFluence, outros produtos já ocuparam esse espaço”, diz.

Investidor mais prudente, mas não avesso ao risco

Apesar do destaque da renda fixa, isso não significa que o investidor abandonou os ativos de risco. Brum alerta que não houve queda de engajamento com criptomoedas. Pelo contrário, elas mantiveram níveis elevados de interação. A diferença foi que, neste ciclo, produtos conservadores geraram ainda mais repercussão.

“Nada indica um desinteresse geral por ativos mais arriscados em favor dos conservadores. O que acontece é que outros produtos engajaram mais no período, muito por conta do contexto econômico”, explicou a diretora de Marketing da Anbima.

Além disso, a especialista acredita que o protagonismo da renda fixa não é um movimento passageiro. “Desde que começamos o estudo, a renda fixa é a categoria que mais varia. Começou com a poupança, depois vieram os títulos do Tesouro, os CDBs, e foram entrando outros produtos na lista dos que mais engajam. A renda fixa sempre esteve lá. Não acho que seja algo temporário.”

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