Aluguel residencial continua aquecido, com aumento de 1,15% em março, diz FipeZap

O tempo médio das reservas de imóveis para curta temporada é de 3 a 5 dias. Foto: Pixabay

Os preços dos alugueis residenciais continuam aquecidos neste começo de 2025. A elevação em março foi a maior do ano, chegando a 1,15% ante o mês anterior, mantendo a aceleração iniciada em dezembro (+0,93%), janeiro (+0,96%) e fevereiro (+1,07%). Com isso, o primeiro trimestre de 2025 já acumula uma alta de 3,22%, conforme levantamento feito pela FipeZAP com base em informações coletadas em 36 cidades por todo o Brasil.

Diante dos novos aumentos, o Índice FipeZAP de Locação Residencial no primeiro trimestre superou a variação de 2,04% exibida pelo IPCA do IBGE, que mede a inflação oficial no País, e ficou também acima do 0,99% registrado pelo IGP-M da FGV, considerado o índice oficial do aluguel.

Entre todos os tipos de imóveis, aqueles que possuem um dormitório são os que apresentam uma valorização mais acentuada na hora da locação, subindo 1,45%, ante os aumentos menores daquelas com quatro ou mais dormitórios, de 0,95%.

“Como a economia continua aquecida, com emprego em alta, isso ajuda a manter a demanda por aluguel. Além disso, a taxa de juros elevada também afasta as pessoas da compra de imóveis, levando para locação, explica o coordenador do FipeZAP, Alison Oliveira.

Entre as 36 cidades monitoradas pelo FipeZap, 35 apresentaram alta no aluguel. Os destaques ficam para as capitais Vitória, com aumento de 3,29%, Campo Grande com 3,06%, e Teresina com 2,36%. A única exceção foi Brasília, onde os preços recuaram 0,10%.

Acumulado nos últimos 12 meses

Nos últimos 12 meses, o aluguel residencial avançou 12,91%, mais que o dobro da inflação oficial do período de 5,48% medida pelo IPCA e também acima dos 8,58% registrado pelo IGP-M. As maiores valorizações no período foram registradas em Salvador, com alta de 33,08%, Campo Grande com 27,33%, e Porto Alegre com 24,98%.

Imóveis com quatro ou mais dormitórios se destacaram nesse recorte, com valorização de 15,85%, contrastando com a alta de 11,57% observada nas unidades com três quartos.

Veja evolução do Índice FipeZap em 10 capitais:

Cidade Variação em março Variação acumulada em 2025
São Paulo 1,08% 3,22%
Rio de Janeiro 1,47% 4,03%
Brasília -0,10% -2,73%
Salvador 0,97% 6,47%
Porto Alegre 0,51% 1,61%
Curitiba 1,28% 3%
Belo Horizonte 1,64% 4,52%
Recife 0,87% 3,09%
Fortaleza 2,16% 3,86%
Florianópolis 1,80% 6,63%
Vitória 3,29% 4,56%

Preço médio e rentabilidade

O estudo mostra ainda que o preço médio do aluguel residencial nas cidades analisadas foi de R$ 48,03 por metro quadrado em março. São Paulo segue liderando o ranking, registrando o maior valor por metro quadrado, de R$ 59,83. Em seguida vem Belém (R$ 57,29/m²) e Recife (R$ 57,16/m²). Os menores valores foram encontrados em Teresina (R$ 22,82/m²) e Aracaju (R$ 25,71/m²).

A rentabilidade do aluguel, calculada a partir da relação entre preço de locação e valor de venda, foi de 5,88% ao ano. Esse retorno, embora abaixo da rentabilidade projetada para aplicações financeiras de baixo risco, se manteve atrativo em algumas capitais, como Manaus (8,39% a.a.), Belém (8,37% a.a.) e Recife (8,18% a.a.).

Perspectivas

De acordo com o estudo, o desempenho do mercado de locação mostra resiliência em um contexto de inflação e taxa de juros ainda elevadas. A valorização dos aluguéis acima dos principais índices de preços reflete a combinação de maior demanda por moradia urbana e restrição na oferta de novos contratos com preços mais baixos.

Com esse cenário, a locação de imóveis segue como uma alternativa de investimento com rendimento estável, especialmente nas capitais que concentram maior demanda habitacional.

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